O primeiro passo para revitalização e reabertura ao público do Museu da Cidade foi dado no dia 7 de fevereiro de 2014, com a assinatura do Termo de Uso do imóvel pelo prefeito de Campinas, Jonas Donizette, e pelo diretor-presidente da Companhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS), Miguel Calderaro Giacomini.
A CPOS, que é uma empresa do governo estadual, é a proprietária do imóvel em que está localizado o Museu da Cidade. O documento cede o prédio para a Prefeitura por um período de dois anos. Isso vai permitir que a Administração Municipal, por meio da Secretaria de Cultura, coloque em prática os projetos de revitalização do museu e, com isso, possa pleitear verbas nos governos estadual e federal e devolver esse patrimônio recuperado para a população de Campinas.
O prédio do Museu da Cidade está fechado há quase cinco anos porque a documentação de cessão do imóvel do órgão estadual para o município estava vencida e não havia sido renovada – e, por isso, a Prefeitura estava impedida de fazer qualquer intervenção no local. Em 2013, a Secretaria Municipal de Cultura acertou todos os entraves burocráticos para que, novamente, a Prefeitura e a CPOS pudessem assinar um Termo de Uso e regularizar o comodato.
“Agora temos direito de uso do imóvel e vamos trabalhar nos projetos de revitalização que temos para o museu, fazer orçamento e inscrever esses projetos em editais dos governos federal e estadual para buscar recursos para fazer as intervenções necessárias e, finalmente, o resgate deste local que guarda a memória da cidade”, explicou o secretário de Cultura, Ney Carrasco.
Durante o processo burocrático para regularizar a documentação do museu, a Prefeitura elaborou um projeto para reforma do telhado e das instalações elétricas, ainda a ser executado.
O prefeito Jonas Donizette planeja que, no primeiro ano de cessão do imóvel, seja concluído o projeto e o orçamento e, no segundo ano, as obras de revitalização. “A preservação da memória e da história são importantes para uma cidade e devem conviver em harmonia com toda essa modernidade que tem disponível nos dias de hoje”, declarou o prefeito. Ele destacou também a autoestima do campineiro. “O resgate deste prédio nos incumbe de um plano de trabalho para que seja criado esse espaço que vai valorizar ainda mais a estima que a população tem pela cidade”, analisou Jonas.
O Museu da Cidade reúne dois patrimônios de Campinas: o próprio prédio com sua arquitetura histórica e o acervo do museu, que conta a história da cidade, com documentações sobre os períodos dos tropeiros, do café e das ferrovias.
O Museu
O Museu da Cidade foi inaugurado em 3 de abril de 1992, com o objetivo de ser um centro de referência, com vocação para pesquisa e preservação da memória de Campinas, com foco tanto no patrimônio material, quanto no imaterial, como festas, danças, cantos, comemorações, entre outras. O prédio é uma antiga fábrica de fundição de ferro e bronze, a Lidgerwood Manufacturing Company Limited. O imóvel foi restaurado e tombado pelo Condepacc em 1990, passando a sediar o Museu da Cidade, dois anos depois com a proposta de preservação da memória e da história da cidade. O local reúne peças históricas, de folclore e arte indígena.
O acervo foi constituído a partir da fusão do acervo de três museus existentes no Bosque dos Jequitibás: Museu Histórico, Museu do Folclore e Museu do Índio. Atualmente, está organizado em coleções de arqueologia, arte plumária e cestaria, objetos e quadros que datam do século XIX, entre outras doações, algumas trazidas de expedições no centro-oeste e norte brasileiros por pesquisadores e estudantes da cidade, no final da década de 1950 e durante a década de 1960. O Museu da Cidade fica na rua Andrade Neves, 33, no Centro.
Museu da Cidade será revitalizado
Data de realização:
07/02/2014