A volta às aulas na rede pública municipal de Campinas foi marcada este ano pelo início da educação integral. As duas primeiras escolas definidas para iniciar os trabalhos foram as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emef) Padre Francisco Silva, na Vila Castelo Branco, e Professor Zeferino Vaz (Caic), na Vila União. Ao todo foram beneficiados 1,5 mil alunos do 1º ao 9º ano.
O prefeito Jonas Donizette alterou a jornada de trabalho de 60 para 40 horas para os professores das duas unidades. Os docentes têm 60% do tempo de trabalho atuando com alunos e os 40% restantes para planejamento escolar, cursos de capacitação, entre outras atividades. “Isso faz parte de um projeto que propomos para a cidade e estamos antecipando em um ano, pois a previsão era para 2015. Alterar a jornada dos profissionais dessas escolas é um passo importante, pois eles poderão se dedicar mais aos alunos”, disse o prefeito.
As duas escolas têm horário de funcionamento diferenciado: os alunos permanecem duas horas a mais. No caso dos estudantes da Emef Padre Francisco Silva, que atende crianças do 1º ao 5º ano, as aulas iniciam às 8h e terminam às 15h30. No caso do Caic, como é escola é mais conhecida, e que atende alunos do 1º ao 9º ano, os alunos entram às 7h e encerram as atividades às 15h. Eles farão as refeições na escola.
Para receber esses alunos, a Secretaria Municipal de Educação investiu R$ 150 mil em cada estabelecimento para reformas de laboratórios de informática e sala de ciências, cozinha, banheiros, readequação da parte elétrica, construção de quiosques, entre outras melhorias.
Na parte pedagógica, os alunos ficam mais tempo na escola. A educação integral proporciona ao aluno acesso a mais disciplinas. Eles podem se aprofundar no conteúdo pedagógico por meio do reforço escolar e plantão de dúvidas. Em relação aos cursos extracurriculares, os alunos têm aulas de robótica, iniciação musical, teatro, atividades na horta da escola, entre outras.
“O objetivo é oferecer uma educação com excelência, ampliando o tempo do aluno na unidade educacional e, assim, aumentar as horas de estudo, do uso da biblioteca e do laboratório de informática, além de proporcionar mais práticas esportivas e artísticas”, afirmou a secretária de Educação, Solange Villon Kohn.
